Hoje, enquanto bordava, pensava em como relacionamentos se parecem com bordados. A analogia é clara. Não dá para bordar com raiva. Da mesma forma, não conheço quem tenha começado um relacionamento duradouro num momento de fúria. Para começar um bordado, o coração tem que estar em paz; para começar um bom relacionamento, também.
Para se concluir um bordado é preciso ter paciência para fazer ponto após ponto, cuidando para que eles saiam perfeitos. Um relacionamento também é construído dia após dia, com paciência, conhecimento mútuo e verdade.
Se o bordado desanda no meio, é preciso desmanchar o ponto malfeito, voltar atrás, recomeçar... Relacionamentos também podem desandar; cabe às partes identificar o ponto errado e corrigi-lo, refazendo a história.
Tenho ciúmes dos meus bordados, mas chega uma hora em que eles deixam de ser meus e ganham o mundo nas casas alheias, seguem seu rumo, assim como os relacionamentos nos quais colocamos um ponto final.
Toda bordadeira adora folhear revistas antigas e encontrar aquele gráfico maravilhoso que bordou tempos atrás. E como é bom resgatar um relacionamento esquecido lá no passado - reencontrar um grande amigo ou um grande amor!
Relacionamentos são como bordados; podem durar a vida inteira - se forem bem feitos.
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